domingo, 25 de dezembro de 2011

Chico Xavier para o Natal!

Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamentos, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.
Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.
Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.
Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.
Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior alivia, a inferior culpa; a superior perdoa, a inferior condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A primeira dama do fado português - Amália Rodrigues ( a quem venho ouvindo muito)



Minha favorita: Havemos de ir a Viana

Entre sombras misteriosas
em rompendo ao longe estrelas
trocaremos nossas rosas
para depois esquecê-las

Se o meu sangue náo me engana
como engana a fantasia
havemos de ir a Viana
ó meu amor de algum dia
ó meu amor de algum dia
havemos de ir a Viana
se o meu sangue não me engana
havemos de ir a Viana

Partamos de flor ao peito
que o amor é como o vento
quem pára perde-lhe o jeito
e morre a todo o momento

Se o meu sangue não me engana

Ciganos verdes ciganos
deixai-me com esta crença
os pecados têm vinte anos
os remorsos têm oitenta

sábado, 20 de agosto de 2011

Rebento (Gilberto Gil)

Rebento
subtantivo abstrato
O ato, a criação, o seu momento
Como uma estrela nova e o seu barato
que só Deus sabe, lá no firmamento
Rebento
Tudo o que nasce é Rebento
Tudo que brota, que vinga, que medra
Rebento raro como flor na terra,
rebento farto como trigo ao vento
Outras vezes rebento simplesmente
no presente do indicativo
Como as correntes de um cão furioso,
ou as mãos de um lavrador ativo
às vezes mesmo perigosamente
como acidente em forno radioativo
Às vezes, só porque fico nervoso, rebento
às vezes, somente porque estou vivo!
Rebento, a reação imediata
a cada sensação de abatimento
Rebento, o coração dizendo: Bata!
a cada bofetão do sofrimento
Rebento, esse trovão dentro da mata
e a imensidão do som nesse momento

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Minha avó - a imagem da resistência e da superação.

Morro de orgulho e admiração!

"Então a gente faz assim: tristeza, a gente se vê outro dia, numa outra vida"
Martha Medeiros


domingo, 17 de abril de 2011

O Teatro para Bebês volta à cena carioca.

"Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa."
Ariano Suassuna

O aclamado espetáculo "O Bebê e o Mar" reestréia neste sábado, dia 16 de Abril, no Teatro Cândido Mendes.


A técnica vem da Europa e trata-se do fruto de uma pesquisa com abordagem no sensorial da criança, utilizando-se de cor, som, movimento coreográfico, além de elementos educativos que contribuem para o desenvolvimento do bebê de 6 meses e da criança até 6 anos.

A encenação para bebês surgiu na Europa, nos anos 90, e atualmente é bastante difundida na França, Espanha, Itália, Alemanha, Bélgica e Portugal. O projeto da atriz Liliana Rosa inova o estudo europeu e apresenta características mais inovadoras e mais próximas da realidade da primeira infância desse lado do mediterrâneo. Mais do que um espetáculo teatral, é um projeto de aprendizagem e partilha entre bebês e pais, um meio de introdução da criança no mundo da arte. A proposta é ativar a memória embrionária e ir de encontro à primeira infância chegando até as nossas raízes e origens, explicando as etapas da vida por associações, analogias e estimulação dos sentidos.

Gheu Tibério(produção), Paula Rego(assistência de direção e produção), Liliana Rosa e Marianna Linhares (iluminação/na foto com Théo, seu filho)

Teatro lotado

Liliana Rosa em cena, na última temporada (2010)


Para os pequenos é uma porta aberta para que eles comecem a descobrir novas linguagens. “Mais do que um espetáculo teatral, é um projeto de aprendizagem e partilha entre bebês e pais, um meio de introdução da criança no mundo da arte” afirma Liliana Rosa. A atriz, apesar de já ter desenvolvido este projeto em Portugal e diversos países da Europa, teve uma experiência diferente: a filha Luísa, de 4 meses ( na época da estréia em 2007), que além de inspiração, serviu também de laboratório para a montagem do espetáculo.

Estamos desde 2007 em cartaz sem interrupções com dois espetáculos diferentes, quinze temporadas de sucesso, mais de 8 mil bebês já tendo assistido. Sucesso de crítica e público no Rio de Janeiro, em São Paulo, Mato-Grosso, Petrópolis, tendo aberto o Festival Internacional de Teatro de Angra e recentemente cumprido temporada em Recife, na semana do Dia da Criança, tendo se apresentado para mais de 1.500 espectadores em 5 dias, incluindo uma ação solidária ao NACC – Núcleo de Apoio à Criança com Câncer.

Contamos com o apoio de grandes empresas voltadas para o segmento infantil como Johnson´s Baby, Turma da Praia, Fom, Klin, Raffa´s e já fomos patrocinados pela Porto Seguro e pela Pampers - na temporada de Recife.

"O Bebê e o Mar" trata da relação do bebê com a água desde o útero materno e faz o paralelo com o fundo do mar, apresentando elementos, sons, cores, formas, números, animais, músicas e estimulando as crianças de 06 meses a 06 anos de idade com uma história criada para elas, que contém uma mensagem e tem começo, meio e fim. É constituído por uma performance teatral poética e cativante para esta faixa etária. A história pretende estimular os sentidos numa narração do real ao imaginário, do sugestivo ao pragmático e próximo da realidade infantil. A "musicalidade narrativa" é um fator muito importante no teatro para bebês, já que estudos revelam que o bebê tem uma relação muito afetiva com a música desde o período da gestação.

O espetáculo tem 30 minutos, horário estudado para a faixa etária por ser o tempo máximo de atenção dos bebês. Ainda dentro da proposta do espetáculo, os bebês terão ao final 15 minutos para explorar os elementos do cenário. O espetáculo privilegia a interação e a proximidade entre os bebês e a atriz.

Contamos com sua presença!

Serviço:

Teatro Cândido Mendes

Rua Joana Angélica, 63

Tel: 2267-7295

Sábados e domingos às 15h.

Preço: R$ 20,00 - Inteira / R$ 10,00 - Meia.

www.obebeeomar.blogspot.com

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Beatrice Mattos: minha saudade, meu coração, minha amiga de cada segundo e de cada pensamento, minha irmã de alma (gêmea!) e minha paz.

Até qualquer hora, querida irmã. Aqui de novo ou aí em Dubai.


"Ora, a amizade signifca a dedicação de um ser humano a outro, sem qualquer interesse, com sentido de permanência, de perenidade.A amizade não é relação fortuita, nem ligação ocasional.Constitui-se como laço permanente de dedicação"
Miguel Reale.


" Se resolvesse colher flores,
as mais bonitas que se pudesse
em jardim encontrar,
corresse eu o mundo para esse
geo-buquê organizar, não ia dar amiga.
Centenas de espécie eu encontrasse,
seria pouco pra dizer de sua valentia,
de sua alegria, de sua alquimia pra ser
fundamental no meu altar.
A gratidão pulsa as prateleiras,
inquieta as velas, tremula as chamas.
Você é uma amiga que tem
a dimensão de um verso:
não foge à luta, não frustra o verbo.
Busquei um buquê pra te dar, pra te ofertar.
Não encontrei um à altura de te merecer.
Fiz o que pude e, diante do ser,
vi que o buquê era inencontrável,
porque ele era você."
Elisa Lucinda

"Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir"
Milton Nascimento


"Alma vai
Além de tudo
Que o nosso mundo
Ousa perceber
Casa cheia de coragem
Vida
Todo afeto que há no meu ser
Te quero ver
Te quero ser
Alma"
Milton Nascimento.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"Seja legal com seus irmãos.Eles são a melhor ponte com o seu passado e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro"






Acima estão aqueles que eu considero meus irmãos queridos. De sangue ou porque foram criados pelo meu pai ou simplesmente porque eu encontrei na vida e identifiquei, como diria Lya Luft, "o indefinível parentesco da alma". Na verdade, sangue não é o mais determinante onde há afeto acima de qualquer outra coisa. Sabiamente já diz Fernanda Young: "Sangue não é cola. Significa que nenhum elo é definitivo pelo fato de ser sanguíneo".

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Elisa Lucinda

Memória de um Silêncio Eloquente

Para ti
sempre tive um infinito
estoque de perdão.
Só para ti
perdoei mais suportava,
mais do que pude.
Minha cerca-limite era sem estatuto,
não tinha um não delimitando nada.
Fui perdoando assim de manada
e muitos erros desfilaram me ferindo,
nos interferindo silenciosos,
sem ninguém denunciar.

Perdoa a dor que te causei,
é que você estava há tempos me machucando
e eu não gritei.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Anjo bom, amor perfeito no meu peito. Sem você não sei viver"


"Isn't she lovely?
Isn't she wonderfull?
Isn't she precious?"
Isn´t She Lovely (Stevie Wonder)




"I will be here
And just as sure as seasons are made for change"
I Will be here (Steven Curtis)




"Acho que a gente é que é feliz"
Renato Russo


"Sem você sou pá furada"
Los Hermanos


"Por ela é que eu faço bonito
Por ela é que eu faço o palhaço
Por ela é que saio do tom
E me esqueço no tempo e no espaço
Quase levito
Faço sonhos de crepon

E quando ela está nos meus braços
As tristezas parecem banais
O meu coração aos pedaços
Se remenda prum número a mais

Por ela é que o show continua
Eu faço careta e trapaça
É pra ela que faço cartaz
É por ela que espanto de casa
As sombras da rua
Faço a lua
Faço a brisa
Pra Luisa dormir em paz"

Chico Buarque

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Movimento Cleyde Prado Maia ajuda os desabrigados da Região Serrana.


Prezados amigos, companheiros de luta e de saudade – sendo vítimas ou não da violência;

No ano passado, o “Movimento Cleyde Prado Maia – Do luto à luta” abraçou a causa em prol dos desabrigados de Angra dos Reis e colaborou numa bela ação promovida pela cantora Preta Gil(vide http://paulinharego.blogspot.com/2010/01/ajuda-para-angra-dos-reis.html).

Neste ano que se inicia, somos novamente levados a nocaute com as imagens de uma tragédia sem precedentes que, impreterivelmente, entra em nossa casa por mais que tenhamos quatro paredes e um teto sobre a nossa cabeça e nenhum membro da família desaparecido ou morto por um fenômeno da natureza, também denominado “Tsunami do descaso” (de acordo com o Coronel Paulo Ricardo Paúl).

A tragédia na região serrana do RJ é considera a maior catástrofe climática da história brasileira, contabilizando até o momento mais de 600 mortos, um inacreditável número de desabrigados, inúmeras vidas destruídas e uma incontável quantidade diária de cenas lamentáveis e que devem nos estimular a “fazer o bem sem olhar a quem”. Em nome de tudo que citei acima e em nome da solidariedade que há em cada um, o “Movimento Cleyde Prado Maia- Do luto à luta” solicita, gentilmente, a ajuda dos cariocas e dos brasileiros em geral; acreditando que a união faz a força e que esta mesma união somada à solidariedade pode, ao menos, tentar aplacar a tragédia que se abate sobre tantas famílias.

Vale ressaltar que o “Movimento Cleyde Prado Maia – do luto à luta” NÃO SOLICITA E NÃO RECEBE doações em dinheiro. Apenas em itens.

Os postos de doações no Grande RJ são muitos e estão espalhados por diversos bairros. A relação que contempla os principais postos está no site www.g1.com.br. Há diversas formas de ajudar e cada um deve procurar a melhor forma, sendo importante unicamente fazê-lo.

Aproveito a ocasião para relembrar e avivar a memória de Cleyde Prado Maia, cidadã inigualável, guerreira incomparável, que com certeza estaria encabeçando inúmeros atos em nome das vítimas e mobilizando a maior quantidade de pessoas possível. Com certeza, de onde ela estiver, (e está muito melhor do que nós) subscreve a minha mensagem e sorri para cada ato de bondade praticado por nossos amigos e colaboradores. Sejamos, como ela dizia, tijolinhos na construção. No momento, seremos da (re)construção da dignidade e da vida de milhares de pessoas.

Agradeço desde já as manifestações e me coloco à disposição para ajudar ainda mais.

Um grande abraço,

Paula Rego – afilhada de Cleyde Prado Maia.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Estrela de Papel (Edu Tedeschi)

Eu não vivo nesse mundo
Eu não tenho os pés no chão
Vou daqui pra lá voando
Me alimento de ilusão

Acredito em cada sonho
Isso é o que me faz viver
Se não sigo acreditando
Nunca que virá a ser

Realidade
Para ter paz
É preciso fé em Deus, muita saúde
E um pouco de amor a quem lhe quer bem

O resto vem
Devagar
Não convém

Dar a cara para bater
Dizer que não valeu
Se tudo está pra acontecer

Cumpre o teu papel de estrela
Minha estrela de papel
Deve ter valido a pena
Ter improvisado um céu

Realiza o meu desejo, presente
Que o tempo não deu pra mim
Faça com que se arrebente
Minha fita do Bonfim

Felicidade
Nada de mais
Três desejos: fé em Deus, muita saúde
E um pouco de amor a quem lhe quer bem

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aprendi com ela.



O Sal da Terra (Beto Guedes)
*Na voz da Ivete, é algo surreal de tão linda essa canção.

Anda, quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da Terra
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com teus frutos
Tu que és do homem a maçã
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
Deixa nascer o amor
Deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor
Deixa viver o amor
(O sal da terra)

Ensaio sobre a cegueira

Ou sobre o egoísmo, sobre a covardia, sobre o desapego, sobre a esquisitice, sobre a ingratidão...
A lista não termina nunca.

Peço licença ao grande José Saramago para me utilizar do título de uma de suas grandes obras como título desta postagem. Eu também podia ter parafraseado um verso de uma música muito brega, praticamente risível; mas que caberia bem no que está sendo proposto com este post: "Quem planta sacanagem, colhe solidão". Mas ainda acho, obviamente, que Saramago é a melhor e mais eloquente opção.

Dizem que o pior cego é aquele que não quer ver. Não sei, talvez seja aquele que olha e não enxerga porque suas deficiências (existenciais, sobretudo) são tantas, que não se pode esperar atitude diferente daquela célebre imagem dos macacos (dos quais viemos, aliás, vale lembrar!) conhecida como "Três Macacos Sábios": não se ouve, não se vê e não se fala. Nem sobre o mal, nem sobre mais nada. Nem sobre o que pode nos consumir o resto dos nossos dias.
Há quem pense que aquele que olha e não enxerga está com uma venda invisível cobrindo os olhos.
Invisível aos olhos do deficiente(embora não necessariamente), que não se reconhece como tal. Aos olhos dos outros, a venda grita e há quem considere ser ela uma espécie de "álibi" para a acomodação natural que a cegueira traz. Para que enxergar e por ventura se desagradar, se incomodar com o que vê, seja por insensibilidade, desapego, despreparo, covardia, comodismo ou ignorância (para alguns casos, voto em tudo-ao-mesmo-tempo-agora)? Se nunca na vida você precisou resolver coisas que diziam mais respeito a você do que a qualquer outra pessoa(desde coisas básicas tipo limpar uma carne, até coisas mais complexas como comprar um apartamento, por exemplo), ou ainda que o tenha feito, o fez pouco; para que aprender como se faz? Ou para que provar que sabe, se haverá a resolução certa e provavelmente muito melhor do que a sua capacidade poderia produzir?É típica perda de tempo e este precioso bem, quando alcançamos uma certa idade, não pode ser desperdiçado.
Eu acho muito, mas muito triste ver gente que teria nas CNTP´s, uma potencial capacidade de ser humano de verdade, na acepção da palavra, mas que como bagagem apenas conseguiu construir coisas que não perdurarão e/ou que irão para o túmulo. De que valeu viver e ser utilizado como exemplo a não ser seguido? A vida pode até ser curta, mas as pessoas não precisam (e sobretudo não DEVERIAM) ser/ se fazer efêmeras. Filósofos de boteco, autores de auto-ajuda e afins, alegam que o que a gente deixa no mundo é a "marca" que deixamos nos que conviveram conosco. Podem soar cafonas essas afirmações, mas realmente já pensou em quão deprimente pode ser não deixar nenhuma referência positiva para ninguém?Acredito que para estas pessoas, a vida será uma eternidade rumo ao extenuante vazio que o futuro certamente trará, quem sabe, com sorte, acompanhado de um remorso que poderá ser digerido por Deus ou pela Força que for (acreditem nela ou não), como arrependimento tardio e sem grande função. Mas ainda sim um arrependimento que pode vir a ser respeitado e reconhecido em nome da eternidade, da qual, me arrisco em dizer, ninguém escapará. Seja qual for a sua crença ou seja ela nenhuma.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cupido - Maria Rita

Eu vi quando você me viu
Seus olhos pousaram nos meus
Num arrepio sutil
Eu vi... pois é, eu reparei
Você me tirou pra dançar
Sem nunca sair do lugar
Sem botar os pés no chão
Sem música pra acompanhar

Foi só por um segundo
Todo o tempo do mundo
E o mundo todo se perdeu

Eu vi quando você me viu
Seus olhos buscaram nos meus
O mesmo pecado febril
Eu vi... pois é, eu reparei
Você me tirou todo o ar
Pra que eu pudesse respirar
Eu sei que ninguém percebeu
Foi só você e eu

Foi só por um segundo
Todo o tempo do mundo
E o mundo todo se perdeu (2x)
Ficou só você eu eu

Quando você me viu...

Milton Nascimento.

Como você pode pedir
Pra eu falar do nosso amor
Que foi tão forte e ainda é
Mas cada um se foi
Quanta saudade brilha em mim
Se cada sonho é seu
Virou história em sua vida
Mas prá mim não morreu
Lembra, lembra, lembra, cada instante que passou
De cada perigo, da audácia do temor
Que sobrevivemos que cobrimos de emoção
Volta a pensar então
Sinto, penso, espero, fico tenso toda vez
Que nos encontramos, nos olhamos sem viver
Pára de fingir que não sou parte do seu mundo
Volta a pensar então
Como você pode pedir...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Resposta - Maysa

Ninguém pode calar dentre mim
Esta chama que não vai passar
É mais forte que eu
E não quero dela me afastar

Eu não posso explicar quando foi
E nem quando ela veio
E só digo o que penso, só faço o que gosto
E aquilo que creio

Se alguém não quiser entender
E falar, pois que fale
Eu não vou me importar com a maldade
De quem nada sabe
E se alguém interessa saber
Sou bem feliz assim
Muito mais do que quem já falou
Ou vai falar de mim

Se alguém não quiser entender
E falar, pois que fale
Eu não vou me importar com a maldade
De quem nada sabe
E se alguém interessa saber
Sou bem feliz assim
Muito mais do que quem vai falar
Ou já falou de mim

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

E muito mais - Leila Pinheiro

Daqui pra frente vai ser tudo diferente
o tempo esquenta, e, de repente, tanto faz
o meu amor, com certeza, é muito louco
de tudo um pouco eu quero tudo e muito mais
quero tapar a luz do sol com a peneira
ser andorinha desgarrada no verão
vou construir lindos castelos de areia
e caminhar sobre as águas da paixão

Daqui pra frente vai ser tudo diferente
o tempo esquenta e de repente tanto faz
o meu amor, com certeza é muito louco
de tudo um pouco, eu quero tudo e muito mais
apague a luz e ponha lenha na fogueira
me dê um beijo pra esquentar meu coração
vê se me entende e pega fogo o meu desejo
na lua cheia de São Jorge sou dragão

Apesar de Você - Chico Buarque

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão
(Coro) Apesar de você
amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
(Coro2) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa
Apesar de você
(Coro3) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
(Coro4) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal,
La, laiá, la laiá, la laiá??

domingo, 7 de novembro de 2010

2010
Boteco Maximus - Praia da Boa Viagem (PE)
2005
Confeitaria Colombo - Centro (RJ)
Eu e minha grande e querida amiga Mariú, uma das criaturas mais inteligentes que eu conheço e que tive a honra de conhecer na época da novela "A Lua me Disse" e de reencontrar no feriado de Outubro, em Recife(sua terra natal), onde passeamos e aproveitamos os momentos em que a minha agenda e meu cansaço permitiam!!!!Que venham mais temporadas pernambucanas!

"Para o ignorante, a velhice é o inverno; para o instruído é a estação da colheita."


"Dedique-se a conhecer seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez."

Início do Comédia em Pé - 2005


Essa vai para quem, sem saber, já soltou: "Pô, vc tinha que fazer stand up!"
Já fiz. Taí a prova.
E me aguardem, porque eu não desisto de nada com facilidade.


"Humor é a arte de fazer cócegas no raciocínio"

Nizo Neto,Álamo Facó, Fernando Ceylão, Cláudio Torres Gonzaga, Paula Rego e Paulo Carvalho.

Lya Luft

"Sou dos que acreditam que a felicidade é possível, que o amor é possível, que não existe só desencontro e traição, mas ternura, amizade, compaixão, ética e delicadeza."

Tô chegando...

Sem mais.

Na foto: irmãzita mais velha de plástico(mas amada como se de sangue fosse), a "melhordrasta" e meu pai saradão-gostosão.

O Bebê e o Mar - Temporada 2010






Registros da última semana no teatro Cândido Mendes, no dia que fomos entrevistados para um trabalho em grupo da Pós Graduação de Marketing da Fundação Getúlio Vargas.
Orgulho danado de fazer parte de um projeto tão encantador.

Fondue com amigos



Nada como estar rodeada de amigos que são família eleita.

Das antigas também...


Primeiro ano da afilhada. Na foto, dinda e dindinha; Gheu e eu - amiga, irmã e "con-comadre" amadíssima

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Martha Medeiros

"O egoísmo unifica os insignificantes".

Cara Valente - Maria Rita.


"Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir...
Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar
Com o coração
Olha lá!
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas veja só
A gente sabe...
Esse humor
É coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai não...
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só!
Um jeito de viver na pior (...)"


sexta-feira, 15 de outubro de 2010




“Mais tarde eu saberia que certas experiências se partilham - até mesmo sem palavras – só com gente da mesma raça.
O que não significa nem cor nem formato de olho nem tipo de cabelo, mas o indefinível parentesco da alma.”

Lya Luft
in “Mar de Dentro”

terça-feira, 21 de setembro de 2010

No elevador do filho de Deus (Elisa Lucinda)

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção
de acordar viva todo dia
Há dores que sinceramente eu não resolvo
sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo
e me torno moribundo de doer daquele corte
do haver sangramento e forte
que vem no mesmo malote das coisas queridas
Vem dentro dos amores
dentro das perdas de coisas antes possuídas
dentro das alegrias havidas

Há porradas que não tem saída
há um monte de "não era isso que eu queria"
Outro dia, acabei de morrer
depois de uma crise sobre o existencialismo
3º mundo, ideologia e inflação...
E quando penso que não
me vejo ressurgida no banheiro
feito punheteiro de chuveiro
Sem cor, sem fala
nem informática nem cabala
eu era uma espécie de Lázara
poeta ressucitada
passaporte sem mala
com destino de nada!

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
ensaiar mil vezes a séria despedida
a morte real do gastamento do corpo
a coisa mal resolvida
daquela morte florida
cheia de pêsames nos ombros dos parentes chorosos
cheio do sorriso culpado dos inimigos invejosos
que já to ficando especialista em renascimento

Hoje, praticamente, eu morro quando quero:
às vezes só porque não foi um bom desfecho
ou porque eu não concordo
Ou uma bela puxada no tapete
ou porque eu mesma me enrolo
Não dá outra: tiro o chinelo...
E dou uma morrida!
Não atendo telefone, campainha...
Fico aí camisolenta em estado de éter
nem zangada, nem histérica, nem puta da vida!
Tô nocauteada, tô morrida!

Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa
não tem aquela ansiedade para entrar em cena
É uma espécie de venda
uma espécie de encomenda que a gente faz
pra ter depois ter um produto com maior resistência
onde a gente se recolhe (e quem não assume nega)
e fica feito a justiça: cega
Depois acorda bela
corta os cabelos
muda a maquiagem
reinventa modelos
reencontra os amigos que fazem a velha e merecida
pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?"
E a gente com aquela cara de fantasma moderno,
de expersona falida:
- Não, tava só deprimida.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tomara...

TOMARA
(Vinicius de Moraes / Toquinho)

Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

Você passa, eu acho graça.

Você passa, eu acho graça. (Ataulfo Alves)

Quis você pra meu amor
E você não entendeu
Quis fazer você a flor
De um jardim somente meu
Quis lhe dar toda ternura
Que havia dentro de mim
Você foi a criatura que me fez tão triste assim

(Refrão)
Ah, e agora você passa, eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou
Entre as flores, você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor

Tanta volta o mundo dá
Nesse mundo eu já rodei
Voltei ao mesmo lugar
Onde um dia eu encontrei
Minha musa, minha lira, minha doce inspiração
Seu amor foi a mentira
Que quebrou meu violão

(Refrão)
E agora você passa, eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou
Entre as flores, você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor

Seu jogo é carta marcada
Me enganei, não sei porquê
Sem saber que eu era nada
Fiz meu tudo de você
Pra você fui aventura
Você foi minha ilusão
Nosso amor foi uma jura
Que morreu sem oração

(Refrão)
E agora você passa, eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou
Entre as flores, você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

"RECEBE MENOS QUEM MAIS TEM PRA DAR"