sábado, 21 de fevereiro de 2009

Fernanda Young no Carnaval

-Ela escreve coisas que eu leio em mim.

"... O problema é que sou tola e carente,
mas não me deixo enganar,
se eu pudesse pedir um só pedido
seria:pára!Pára esse carro em minha cabeça!
Quero descer,estacionar,bater num poste.
Não mais delirar,nem sentir no corpo esse
seguir sem descanço,atrás de sutilezas que não
podem ser descritas."

domingo, 8 de fevereiro de 2009

As crianças da minha vida













1) Pedro, meu primo-sobrinho de 5 meses. (Na foto com a mãe Gabriela, minha prima-irmã)


2)Luísa, minha afilhada de 1 ano e 10 meses.


3)Beatriz, minha sobrinha de 2 anos e 7 meses.





"Toda criança me arrebata.


toda criança, por me olhar, me arregaça as mangas do amor


e dele, desse amor, morro de emoção.


Há nisso mais do que o fato


de criança ser igual a flor,


mais do que criança ser da vida


a metáfora das coisas


e seu verdadeiro valor.


(...)


Belas!


Tenho vontade de de defendê-las


das injustiças dos ditos maiores,dos esticados que,aprisionados,querem aprisionar.


Por todo o sempre e agora


toda criança quando chora,respondo: que foi?


Quem não te tratou direito?(toda criança quando chora


acho que me diz respeito.)


Quero as palavras delas, a nitidez sublime das conversas


delirantes e sábias,quero os descobrimentos que trazem


em sua transparência natural!


(...)


Como me amolece o coração


barulho-som de grito de infância


no colégio de manhã!


Como é para o meu frio, lã,uma mãozinha pequenina


dizendo pra mim dos caminhos...elazinha dentro da minha,como o dia carregando a noite e seu luar,aquela vozinha sem gastar,me pedindo com carinho e desamparo:me leva lá?


Não mimem as crianças em vez de amá-las,para não adoecê-las,para não encouraçá-las!


Não oprimam crianças na minha frente,vou interferir, vocês vão se danar,vou escancarar!


Não usem criança na minha presença,tomarei o partido delas,não terão a minha parcimônia,não vou compactuar!


Não cunhem nelas a tirania,eu vou denunciar!


Sou maternal do universo,mil crianças caminham comigo!Sou árvore cuja semente


se chama umbigo."


Elisa Lucinda


sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ninguém disse que era fácil

A vida da gente é uma sucessão de provações ( às vezes, privações também).
Do alto dos meus (apenas) 22 anos, acho que já passei pelas mais punks que poderia passar. Já me vi sem pessoas fundamentais, sem afetos, sem coisas queridas, sem saúde, e já me vi sem tudo isso junto, tudo ao mesmo tempo agora. Sobrevivi bravamente. Só eu e Deus sabemos como, mas tudo bem.

Eu descobri que existe uma coisa chamada espiritualidade. Eu achava que conhecia, mas estou verdadeiramente entendendo o que significa, agora. Tenho tido uma paz muito grande, mesmo diante de todas as adversidades. Mas tenho meus momentos de profunda tristeza também. Só quem tem, sabe que depressão não é frescura.
Descobri também que existe amor-próprio. Eu realmente não conhecia a fundo o significado disso. Acho maravilhoso saber que isso existe e está disponível na prateleiras para quem quiser se aventurar a usar. Eu ainda consulto o "modo de usar". Para uma pessoa que a vida inteira deu o melhor pros outros, não se torna fácil de um momento pro outro, descobrir o melhor pra si própria em tempo integral. Eu ainda não consigo me bastar emocionalmente, mas pelo menos venho descobrindo que a minha própria companhia é agradável e quem não a quiser, não sabe o que está perdendo. A gente nasce e morre sozinho, então, na verdade, a gente conta é com a gente mesmo. Mas é difícil se dar conta disso na marra, depois de se acostumar a viver sempre cercado de gente, para abafar a própria solidão, conter as coisas que ninguém infelizmente irá compreender, segurar os sentimentos que muito poucos vão realmente entender.
A gente aprende. Apanha, aprende, cai, levanta...mas há feridas que ficam. E demora a cicatrizar, cair a casquinha, tudo porque a gente tem o péssimo hábito infantil de cutucar e fazê-la abrir de novo. Era preciso que inventassem Merthiolate para a alma. Aí, a satisfação era garantida e estaríamos vacinados contra qualquer falta de reciprocidade, qualquer agressividade, incompreensão, patada, ah, seria tão bom.
Mas ninguém falou que seria fácil.
"Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam
Nunca, nunca cicatrizam
Mas, e o humor?
A injustiça não se resolve
À sombra do mundo errado
Murmuraste um protesto tímido
Mas virão outros"

Drummond

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Licença poética

"Dinda, dinda, amada dinda
Se você aqui vivesse ainda
Isso não só seria uma rima
Mas também a melhor solução"
Paula Rego - 26/01/2009 (Livremente inspirado na poesia de Drummond)
"Se a gente quiser, o mundo se ajeita"

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Luísa - 1 ano e 10 meses



Dispensa descrições, legendas, aspas, temas. Minha afilhada é indescritível. E muito amada até o último fio de cabelo.
"RECEBE MENOS QUEM MAIS TEM PRA DAR"