segunda-feira, 27 de abril de 2009

"Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
dos desesperados
Há um cais de porto
Para quem precisa chegar
Eu tô lanterna
dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar"

Samba dela.


Maria Rita fez um show no Tijuca Tênis Clube, no último dia 25. Desnecessário afirmar que fui.
Eu ainda não tinha visto (ao vivo) o "Samba Meu", seu mais novo show. E como sempre, é empolgante.
Há quem ache a Maria Rita chata. Talvez até tenha sido, em algum momento, lááááá atrás. Mas há muito tempo eu acho que ela tem um borogodó bizarro. Já fui a alguns shows dela, de todos os cd´s e nunca consegui ficar parada.
Nesse show de samba, muito menos. Cantei, pulei, gritei, sambei e voltei molhada de tanto suor, com o vestido colado e o cabelo nojento. Mas valeu a pena, cada centavo e cada gota de suor. E me surpreendi com a capacidade das minhas pernas, ultimamente tão doloridas. Acho que a liberação de serotonina, endorfinas e tudo mais, me anestesiou.
Não era o show da Cláudia Leitte, mas eu extravasei.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Não vou postar fotos, porque a minha dor não se traduz em imagens. Mas, apesar de inevitavelmente os dias 4 e 5 serem dias de muita saudade para mim, pelo menos durante um tempo ainda, às vezes acontece de eu ser assolada pelas lembrança doces da minha amada tia-madrinha-"mãe"-amiga Cleyde, num dia qualquer. Num dia 22 por exemplo.
Eu não gosto de cultivar esse tipo de sentimento, porque acredito que não faça nem bem para ela. Mas ela estala em meus pensamentos com muita força, em alguns dias.
Eu não sei se vivo anestesiada, se ainda não entendi o que aconteceu, se vivo esperando um telefonema que nunca mais vai acontecer, se me arrependo das vezes que não pude acompanhá-la em algo ou se simplesmente dói sem que eu precise ficar buscando uma justificativa. Mas fato é que quando eu me dou conta do quão só eu me sinto sem ela, me bate um certo desespero. Me dar conta de que eu ainda vou viver mil coisas importantes e que ela não vai estar (fisicamente) comigo, dói. Me dar conta que ela simplesmente não existe mais, ao menos neste plano, dói. Me dar conta que no auge do meu sofrimento, aconteceram coisas igualmente terríveis para mim e que eu tive que acumular minhas mazelas e conviver sozinha com elas, dói mais ainda. Eu faço um grande esforço para nunca desamparar ninguém, correndo o risco de pecar até pelo excesso, mas nunca pela omissão. Mas apesar disso e apesar da crença de que o que fazemos, volta para nós, me sinto desamparada. Me sinto sozinha com os meus problemas, porque se eu não resolvê-los, ninguém o fará. Engulo mágoas, angústias, revoltas, chateações...tudo, porque não quero julgar ninguém. E correr o risco de magoar injustamente. Não sei se recebo tal cuidado de volta.
Viver sem ela me deu essa noção aterrorizante de vazio, que se é real ou não, são outros quinhentos. Não é a primeira nem será a última vez que me sinto assim, pode crer. Mas acho que nunca vivi isso com tanta consciência. Mas fato é que esse vazio toma conta de mim muitas vezes e apesar de todo o meu bom humor, há em mim uma lacuna absolutamente impreenchível e até mesmo incompreensível para quem nunca perdeu a mãe ou alguém que, na falta de, contribuísse para a proximidade de uma representação. Na verdade, é muito complicado compreender o ser humano. Cada um sabe onde dói e o outro não é obrigado a compreender (apenas a respeitar) a dor que não dói nele.
E parafraseando Elisa Lucinda, "olho para ela e seu retrato/naquele dia, Deus deu uma saidinha/E o vice era fraco".

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pedro Bial

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos.
Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena.
Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam. A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta.
Morrer é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente? Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco?
Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente. De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis. Qual é?
Morrer é um clichê. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça
Definitivamente:

"O problema é que quero muitas coisas simples, então, pareço exigente"
Fernanda Young

(sempre!essa mulher escreve com a minha cabeça!!)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Eu me identifiquei com a Francine - "a louca"! hahahaha!

Não pelos erros de português, lógico, mas pela autenticidade e pela ausência do medo do ridículo!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Nat no BBB 10!




"-Como assim?Será que Paula surtou?Que BBB 10?O 9 acabou de acabar!!"


Não, meus amigos, eu não enlouqueci.


Mas todo mundo sabe que Big Brother é que nem escola de samba: tem todo ano e para ser bem-feito, a preparação começa cedo. E a partir de agora, a frase que dá título a esse post será um lema.Explico: Nathália Rodrigues, 25 anos, sagitariana de personalidade forte, engraçadíssima de fábrica, dona do próprio nariz e das próprias idéias(doa a quem doer), jornalista com um caminho a ser trilhado, que por ser demais promissor, não merece ser percorrido no anonimato. E além de tudo, é minha amiga!


Sim, ela irá concorrer à uma vaga na casa mais vigiada do país, onde o confinamento é mais que um desafio: é uma escolha. Quem está ali, está porque quer e terá que aguentar todas as pressões em nome de um prêmio, que não será necessariamente o milhão. Digo isso porque a exposição é tanta, que você tem que aprender a lidar com mil coisas dentro da casa e a principal e mais difícil de todas: conviver com pessoas tão iguais e tão diferentes de nós. "Cada ser humano é um estranho ímpar", já dizia Drummond e o confinamento somado à superexposição pode ser uma combinação bombástica para os menos preparados ou para aqueles que achavam que estavam prontos e não estão. Nathália está. As vitórias não virão necessariamente acompanhadas de cifrões e muitos zeros. Os prêmios podem ser subjetivos.


Mas eu tenho um palpite certeiro de que Nat entra para o próximo BBB e não só aprende muita coisa, como tem muito a ensinar aos outros participantes e ao público, além de divertí-los nas horas vagas, porque ninguém é de ferro,claro. E de diversão, Nat entende muito bem.


E levando em consideração que Maximiliano, o ganhador da última edição, tem um apelido também com 3 letras (Max), uma tatuagem no antebraço, atitude e bom humor, acredito que esta combinação (também tão presente em Nathália) seja propícia para que aconteça a primeira vitória feminina do BBB. Mas por quê me refiro à vitória ao invés de simplesmente me limitar à idéia de que ela entre? Porque dentro, ela já está.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

2 aninhos.

Essa semana, minha afilhada completa sua segunda primavera!
Ela viajou, mas volta na outra semana e a dindinha conta os dias para rever essa coisa gostosa, levá-la para tomar “bobete“ e ir na piscina de “boia“.


Avião sem asa,
Fogueira sem brasa,
Sou eu assim, sem você
Futebol sem bola,
Piu-piu sem Frajola,
Sou eu assim, sem você...
(...)
Amor sem beijinho,
Buchecha sem Claudinho,
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço,
Namoro sem abraço,
Sou eu assim sem você...
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração...
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver,
Mas o relógio tá de mal comigo...
Neném sem chupeta,
Romeu sem Julieta,
Sou eu assim, sem você
Carro sem estrada,
Queijo sem goiabada,
Sou eu assim, sem você(...)
-Essa música se aplica à minha madrinha também. Com a diferença de que ela não volta de viagem, ao contrário, eu é que vou encontrá-la dentro em breve.

sábado, 4 de abril de 2009

Um Real por um sonho - Eu ajudei Clara!






Clara tem paralisia cerebral e poderá ficar curada com um tratamento com células tronco.
Graças à solidariedade de muitos, em menos de um ano, o dinheiro para a viagem à China foi arrecadado e agora é só aguardar para vermos Clara de volta ao Brasil, perfeitamente saudável.








Graças a Deus e a colaboração de milhares de pessoas de todo o Brasil (e de alguns países) nossa querida Clarinha poderá fazer o tão sonhado tratamento com células tronco!
Na foto ao lado você vê Carlos (papai), Aline (mamãe) e Clarinha segurando os passaportes já carimbados rumo à China!
Gostaria de saber alguns detalhes sobre a viagem? Então clique aqui.
Também estamos disponibilizando um blog (diário virtual) que contará todos os detalhes do dia-a-dia do tratamento.
Para acessar o blog, clique aqui.


Aviso importante: Algumas pessoas ainda estão se mobilizando para ajudar Clarinha. Tem alguns movimentos rolando. Nossa sugestão é a seguinte: quem desejar continuar, continue. Se decidirem continuar poderão depositar o valor arrecadado na conta de Clara. Esse dinheiro será usado como fundo de reserva para o caso de alguma eventualidade. No mais, peço para que não iniciem mais nada pois já atingimos nosso objetivo, apenas finalizem (se desejarem) o que já está em andamento.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Maya Angelou - em entrevista à Oprah

Aprendi que aconteça o que acontecer, pode até parecer ruim hoje, mas a vida continua e amanhã melhora.
Aprendi que dá para descobrir muita coisa a respeito de uma pessoa observando-se como ela lida com três coisas: dia de chuva, bagagem perdida, luzes de árvore de Natal emboladas.
Aprendi que, independentemente da relação que você tenha com seus pais, vai ter saudade deles quando se forem.
Aprendi que 'ganhar a vida'[making a living] não é o mesmo que 'ter uma vida' [making a life].
Aprendi que a vida às vezes nos oferece uma segunda oportunidade.
Aprendi que a gente não deve viver tentando agarrar tudo pela vida afora e que temos que saber abrir mão de algumas coisas.
Aprendi que quando decido alguma coisa com o coração, em geral vem a ser a decisão correta. Aprendi que mesmo quando tenho dores, não tenho que ser chata.
Aprendi que todo dia a gente deve estender a mão e tocar alguém. As pessoas adoram um abraço apertado, ou mesmo um simples sorriso.
Aprendi que ainda tenho muito que aprender.
Aprendi que as pessoas esquecem o que você diz, esquecem o que você faz, mas não esquecem como você faz com que se sintam.
"RECEBE MENOS QUEM MAIS TEM PRA DAR"