“Quando as estrelas
Começarem a cair
Me diz, me diz
Pr'onde é
Que a gente vai fugir?”
Renato Russo – trecho de “Angra dos Reis”
Não foram exatamente estrelas que caíram, mas sim toneladas de terra e barro que deslizaram sobre os moradores e turistas de Angra dos Reis numa noite que deveria ser prenúncio de esperança e renovação. Mas com a chegada do ano novo, o que se vê na região é tragédia, luto, sofrimento e perdas. Incontáveis perdas. Mais de 50 mortos e outros tantos desabrigados numa história sem final feliz.
No centro de cidade, uma encosta cedeu e deslizou por cima de casas no Morro da Carioca. Na Ilha Grande, o deslizamento por conta das chuvas durante a madrugada encobriu parte da pousada de luxo Sankay, lotada de turistas, e mais sete casas, na enseada do Bananal. Cerca de 120 homens da Defesa Civil, dos Bombeiros e da Marinha participaram do resgate.
Numa iniciativa promovida pela cantora Preta Gil em sua página do Twitter, doações foram recolhidas desde terça feira e entregues na boate The Week, na Praça Mauá e recebidas pessoalmente com muita festa por Preta.
Na tarde de hoje, o “Movimento Cleyde Prado Maia – Do Luto à Luta”, representado pelas voluntárias Paula Rego e Renata Michel, entregou mais de dez sacolas abarrotadas de roupas, brinquedos, toalhas, lençóis, chinelos e tudo mais que foi possível arrecadar nos últimos dias.
Celyse Prado Maia, irmã de Cleyde, fez uma generosa doação de itens novos para o uso, provando que a generosidade faz parte do DNA desta família.
A seguir, fotos da doação e com a cantora Preta Gil, que encabeça essa arrecadação num ato de extremo altruísmo e cuidado com o próximo. Exatamente como Cleyde fazia: o bem, sem olhar a quem.
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