Comemorar o ano novo é algo que não anima nem deprime.
É uma formalidade simplesmente. A não ser que aconteça algo incrivelmente bom ou incrivelmente ruim no último dia do ano, o ano novo é o dia seguinte.
Mudou a data e talvez nada mais.
Agora sobre as resoluções de ano novo, as promessas? No último dia de Dezembro, é a coisa mais comum enumerar o que vai fazer e principalmente deixar de fazer. Mas o ano entra e a gente continua bebendo, comendo gordura, fumando, amando errado, se contentando com mediocridades.
Usar calcinha ou cueca de determinada cor também pode ser um desperdício. Se você não trabalhar, não sair para procurar quem te complete, não fizer a paz em você mesmo; não vai ter adiantado underwear amarela, vermelha, branca, nada.
Tem o banho do dinheiro também, que é uma água suja em que você se molha com noz moscada, cravo e um monte de coisas do gênero. Uma amiga me diz para fazer todo ano. No único ano que eu fiz, tudo de pior me aconteceu. Tô fora.
Mas, o título do post não corresponde à completa realidade. Eu não estou mal humorada com o ano que se inicia, coitado. Eu sou apenas quase (pelo menos por enquanto) indiferente às festas de final de ano. Não sinto uma grande excitação, raras foram as vezes que eu senti. Senti a excitação quando as companhias se encarregavam de gerar isso em mim. Mas, no geral, ano novo é um dia em que ou eu quero estar com os que eu amo ou eu quero estar num canto, quieta, pensando em todos que me fazem falta, numa espécie de solidão acompanhada. Não é um dia que eu esteja para pular sete ondas, porque o máximo que eu vou conseguir é tomar um caixote na multidão ou ser pisoteada nas areias de Copacabana.
Mas o objetivo desse texto é reverter o banho do dinheiro, que fez meu 2008 desandar.
Será que se eu receber 2010 com esse texto azedo e na verdade nem tão real, as coisas dão certo?Superstição!
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