segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A Casa da (minha) Madrinha

Hoje, pela primeira vez depois de três meses, fui à casa da tia Cleyde levar três presentes para as crianças que adotei na campanha do Borel. Vi o inconfundível carro dela, com o rosto da Gabriela no vidro traseiro e um quarto vazio. Cheio dela, mas sem o ventilador no caminho, sem o fio do carregador de telefone, no qual eu sempre tropeçava; sem o cinzeiro, sem o cheiro de 212, sem o computador ligado a todo vapor, sem a tv e o gravador de dvd ligados, sem um telefone tocando incessantemente. Mas a luz estava acesa, porque dentro daquele quarto, de onde ela saiu na manhã do dia 04 de Setembro para pedir socorro e infelizmente não mais voltou pra ele, dentro daquele quarto há uma luz que não se apagará jamais.

Levei umas margaridinhas para a D. Dirce e dei beijinhos nela. Mas me partiu o coração ouví-la dizer "-Eu olho pra cama da Cleyde e não me conformo." Nem a gente, D. Dirce, tenha certeza.
Mas prometi a ela que um dia todos nos encontraremos numa grande farra no céu. Amém!

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"RECEBE MENOS QUEM MAIS TEM PRA DAR"