quinta-feira, 14 de maio de 2009

27.08.07

Durou um ano, nove meses, dezessete dias e algumas horas. Era aniversário de cinquenta anos de minha madrinha.

A casa fica vazia, recheada de sons bons e cor, ficou com as paredes em evidência.
A luz acabou, luzes de velas intimidam a arrumação.
Pausa para recompor as forças e a casa faz mais eco. De noite, mais silêncio.
Não há nada em armários, não há mais armários pela casa. Gavetas viraram encaixes de madeira que não guardam segredos de mais ninguém.

Há apenas hematomas no joelhos, por topar nos atravancos pelo meio do caminho. E o caminho sagrado, atrás de onde guardar a vida, que não é de papelão.

Com a porta trancada e tudo vazio. A vida coube numa caixa, que o caminhão de mudança levou.

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"RECEBE MENOS QUEM MAIS TEM PRA DAR"