terça-feira, 29 de setembro de 2009

Saudade sempre acesa

"É bom saber
Que és parte de mim
Assim como és
Parte das manhãs
Melhor, melhor
É poder gozar
Da paz, da paz
Que trazes aqui...

Eu canto, eu canto
Por poder te ver
No céu, no céu
Como um balão
Eu canto e sei
Que também me vês
E aqui, aqui
Com essa canção..."


Siga em paz, querida madrinha. Você trocou o luto pela luta. Missão cumprida.
Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas..

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'


Martha Medeiros - Jornalista e escritora

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Postagem sem títulos e/ou comentários.

Homem sempre me aparece
Geralmente bem me dou
Mas um (...) desse
Me desconcertou
Tinindo estou
Curtindo estou
Criança, chorando
e sorrindo estou
Inquieta, tonta e encantada estou.

Sem dormir,
Não tem dormir,
O amor vem e diz: não convém dormir...
Inquieta, tonta e encantada estou
(...)
Ele é o fim
E até o fim
Vou tê-lo pra vê-lo
com fé no fim
Inquieto,tonto e encantado também
(...)
Niná-lo eu vou
No embalo eu vou
Um dia, na pele, grudá-lo eu vou
Inquieta, tonta e encantada estou.

Ao falar,ele sente
Travação, timidez
Mas horizontalmente falando
ele é dez (...)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Fernanda Young

"Sangue não é cola. Significa que nenhum elo é definitivo pelo fato de ser sanguíneo"

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

(Re)Casamento - Ricardo e Gheu - 12.09.09


Ricardo, Gheu e suas meninas. Orgulho de fazer parte deste time de jovens que muito aprenderam com esta doce criatura.


Ricardo, Gheu e eu, novamente. Alguns amigos são pra sempre. Estes, são para além da eternidade. Sem palavras para dizer o quanto são importantes e para agradecer o carinho (que é mútuo) e tudo mais que já vivemos, que já aprendi com eles e que já compartilhamos. Isso inclui Luísa, nossa afilhada!!

"Eu suportaria, não sem dor, que morressem todos os meus amores/
Mas nunca que morressem todos os meus amigos"
Vinícius de Moraes

domingo, 20 de setembro de 2009

Projeto


Um projeto de vida é, futuramente, fundar a "Fundação Cleyde Prado Maia".A justificativa está abaixo.




“A morte, assim como o amor, não se entende”.
Jorge Forbes – Psicanalista.

No ano em que Lester Bowles Pearson ganhou o prêmio Nobel da Paz, por seu papel como Ministro das Relações Exteriores do Canadá, na mediação da Crise de Suez; nascia a 11.213 km de distância, no Rio de Janeiro, uma mulher que se tornaria digna de todas as honrarias quando o assunto fosse novamente paz e principalmente: a luta por um Código Penal mais rigoroso que contemplasse a justiça e combatesse a impunidade.
O ano era 1957 e o dia era 27 de Agosto. Nascia Cleyde Loretti do Prado Maia.
No ano em que a Constituição Brasileira atualmente em vigor foi promulgada; nascia na Rua Uruguai, na Tijuca, também no Rio de Janeiro, uma menina que teria a vida abreviada anos mais tarde, pela violência e pelo caos urbano instaurado em nosso país.
O ano era 1988 e o dia era 30 de Agosto. Nascia Gabriela Prado Maia Ribeiro, filha única de Cleyde.
Quartorze anos mais tarde, uma bala perdida atingiria Gabriela, durante um tiroteio na estação São Francisco Xavier, do Metrô carioca. O ano era 2003 e o dia: 25 de Março, uma terça-feira ensolarada que virou noite às 15:30 da tarde com a morte incompreensível de uma adolescente com a vida toda pela frente. Do alto de sua dor, Cleyde encontrou força e determinação para transformar o seu luto em luta e fazer o que estivesse ao seu alcance para que outras famílias não passassem por tal sofrimento.

“Pra nunca mais
Ver na tv
Outra mamãe
Chorar, sofrer
Enxugue as lágrimas
Que rolam em pranto
Deus que cubra a todos com o sagrado manto”

Nos versos cantados por Leandro Sapucahy e feitos em homenagem à Gabriela, estão explícitos os desejos de Cleyde.
Durante três anos, colheu assinaturas do país inteiro e em 08 de Março de 2006 entregou em Brasília um projeto de iniciativa popular, que pedia alteração de alguns itens do Código Penal, acompanhado de um milhão e trezentas mil assinaturas, ou seja, assinaturas que representavam mais de 1% da população eleitora brasileira.
Cleyde foi incansável e dividia seu tempo entre a campanha contra a impunidade, as cobranças aos governantes e apoio às vítimas da violência. Foi a forma que encontrou para sobreviver e resistir à perda de Gabriela. E resistiu bravamente por cinco anos e meio, até 05 de Setembro de 2008, uma semana depois de receber a Medalha Tiradentes, maior honraria concedida pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e destinada a premiar pessoas que hajam prestado relevantes serviços à causa pública naquele Estado. Um acidente vascular cerebral impiedoso levou Cleyde e a esperança estampada nela e trazida por ela, de um país menos violento.

“A bala que matou Gabriela, se alojou definitivamente no coração de Cleyde”
César Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro.

Cleyde Prado Maia, que fez de um acontecimento suficiente para dizimar qualquer mãe, razão para lutar, encontrando forças ao invés de se entregar à justíssima fragilidade que a morte de um filho pode trazer. Que perpetue-se a memória de uma mulher que tirou a roupa preta, símbolo do luto, e vestiu verde, cor da esperança e de seus olhos, estes que mesmo depois de cerrados pelo intransponível da vida, puderam ver um grande desejo de Cleyde realizado: a doação de órgãos, o último ato de amor de alguém que conhecia intrinsecamente o significado da palavra “generosidade”. Afinal, seu coração foi o último órgão a parar
de funcionar.

Maria Rita...tem canção pra toda ocasião e para todo sentimento...

Encantada
( Versão de "Bewitched, Bothered and Bewildered" - Richard Rodgers e Lorenz Hart, por Carlos Rennó)

Após nove ou dez conhaques,


Acordei qual uma flor,
Sem Engov nem ataques.
Nem senti tremor
Homem sempre me aparece;
Geralmente bem me dou.
Mas um meia-boca desse
Me desconcertou.
Tinindo estou;
Curtindo estou;
Criança, chorando
e sorrindo estou
Inquieta, tonta e encantada estou
.

Sem dormir,
Não tem dormir,
O amor vem e diz: não convém dormir...
Inquieta, tonta e encantada estou.

Me perdi, dominada,
E daí? Errei, sim.
Ele é uma piada,
A piada sobre mim.
Ele é o fim,
E até o fim
Vou tê-lo pra vê-lo, com fé, no fim,
Inquieto, tonto e encantado também.

Vi demais,
Vivi demais,
Mas hoje eu já adolesci demais
Inquieta, tonta e encantada estou.
Niná-lo eu vou,
No embalo, eu vou,
Um dia na pele grudá-lo eu vou
Inquieta, tonta e encantada estou.

Ao falar ele sente,
Travação, timidez,
Mas horizontalmente
Falando, ele é dez.
Perplexa, enfim,
Com nexo, enfim,
Com – graças a Deus – muito sexo, enfim,
Inquieta, tonta e encantada estou.

Ele é um tolo, mas um tolo
O seu charme às vezes tem
Em seus braços eu me enrolo,
Que nem um neném.
Caso é aquela coisa louca;
Nem dormindo eu estou,
Desde que esse meia-boca
Me desconcertou.

Sensata, enfim,
Constato, enfim,
Sua baixa estatura de fato – enfim,
Inquieta, tonta e encantada não mais.
Doeu demais;
Rendeu demais;
Você ganhou muito e perdeu demais
Inquieta, tonta e encantada não mais.

Tive um surto dispéptico,
Mas viver já não dói.
Tenho o peito antisséptico,
Dês que você se foi.
Romance – finis;
Sem chance – finis;
Calor a invadir meu colant – finis;
Inquieta, tonta e encantada não mais.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Mandaram pra mim e achei que realmente tem tudo a ver.

"Não me prendo a nada que me defina.
sou companhia, mas posso ser solidão.
tranqüilidade e inconstância, pedra e coração.
Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor,
sarcasmo, preguiça e sono.
Música alta e silêncio.
Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.
Não me limito, não sou cruel comigo!
Serei sempre apego pelo que vale a pena e
desapego pelo que não quer valer…
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência
e sim de sentir, de entrar em contato.
Ou toca, ou não toca."

Clarice Lispector

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tá perdoado (Maria Rita)

"Fui a pé à Salvador
De jooelho ao Redentor
Para ver nosso amor abençoado
(...)
A esperança germinou
Ah,tem muita flor para todo lado
(...)
Seja do jeito que for
Eu te juro,meu amor
Se quiser voltar
Tá perdoado
(...)
E vá ficando pro jantar
Tu vai ver só
Pode esperar
Que a noite será maravilhosa"

sábado, 5 de setembro de 2009

Um ano depois.


"Ela era ela era ela no centro da tela daquela manhã


Tudo o que não era ela se desvaneceu


Cristo, montanhas, florestas, acácias, ipês


Pranchas coladas na crista das ondas, as ondas suspensas no ar


Pássaros cristalizados no branco do céu


E eu, atolado na areia, perdia meus pés"



Dinda,


Eu já falei muito, já escrevi muito, o que já chorei então nem se fala. Mas no dia de hoje, dia marcado pela tristeza dos que ficaram e pela sua alegria ao reencontrar-se com sua amada filha na vida eterna, me propus a uma reflexão.

Você entrou para a minha vida e eu nunca mais fui a mesma. A sua força, a sua garra e o seu brilho envolviam a quem estivesse por perto. A sua presença era marcante, o seu olhar era determinado e o seu pique era muito maior que o meu, apesar de trinta anos nos separarem.

Qualquer programa com você, mesmo que fosse de índio, era maravilhoso. A violência te atingiu, te marcou, te feriu mas você nunca perdeu a capacidade de ser bem humorada. Ir ao mercado com você era divertido. Poder te ligar 3h da manhã se eu quisesse, era uma segurança. Poucas pessoas, ao longo dos meus quase 23 anos, estiveram tão do meu lado e genuinamente do meu lado, me amando apesar dos defeitos. Aliás...defeitos...dizem que todos tem defeitos. Sabe que eu não me lembro de nenhum seu?De verdade. Você era, no máximo, ingênua sob alguns aspectos e pessoas sanguessugas se aproximavam e te faziam sofrer. Mas você era tão incrível que passava por cima dos problemas, das maldades alheias, ficava triste sim, mas dali a pouco estava dando uma nova chance a alguém, porque a sua crença nas virtudes do ser humano era incrível. E assim você construiu relacionamentos sólidos com pessoas de bem que hoje estiveram na sua missa de um ano de falecimento e que lembraram de você com amor e saudade.

Havia um banner seu na igreja. Enorme. A sua expressão e o seu olhar inconfundíveis davam a sensação de que você sairia dali a qualquer momento. Ou ainda, de que você estava ali, inteira, olhando para nós. E estava.

Vi sua mãe, sempre muito bem arrumada, sempre doce, e a ouvi dizendo que ela era minha avó emprestada. Sim, ela é. Olhá-la e não sentir minha voz embargar são coisas praticamente impossíveis. Aliás, nos últimos dias, pensar em você e não sentir nó na garganta também é difícil.

Ao longo desse ano, desde o minuto em que te deixei naquela cama fria de hospital, naquele CTI, onde num supremo gesto de egoísmo, eu entrei e senti raiva de haver pessoas vivas e só você ter partido (justo você!); até o momento em que escrevo estas linhas, muita água rolou. Muita coisa aconteceu. Coisas péssimas e coisas muito boas. Tenho certeza das broncas homéricas que eu levaria, entrando pela madrugada no telefone. Mas também tenho certeza do orgulho que você sente ao me ver erguida, dignamente reerguida depois de tanto tropeço e solavanco (e algumas injustiças que teriam te feito virar bicho). As coisas que eu aprendi, aprendi com as situações, mas principalmente com o legado que você deixou. Sem o seu carinho e seus ensinamentos, eu talvez estivesse batendo cabeça até hoje.
Na última vez que nos vimos, infelizmente você não pode responder, mas pode me sentir. Eu pedi tanto para que você voltasse, mas hoje sei que está onde queria, com quem queria, num descanso mais do que merecido. Esse mundo não era para você. Os bons morrem jovens, já dizia Renato Russo, coberto de razão até o último fio de cabelo.
Você me faz falta. Muito mais do que jamais imaginei, porque na verdade eu nunca me imaginei sem sua presença. Eu achava que você seria eterna neste mundo. Baseada nessa idéia, muitas vezes talvez tenha corrido o risco de não corresponder à altura da sua grandeza. Muitas vezes estava atolada com o que quer que fosse e acho que não pude te dar atenção merecida. Que bom que pude explicar e que você entendia e compreendia. Até porque sabia que na primeira brecha que eu tivesse, era pro seu colo que eu corria. Foi assim no último dia em que fomos ao shopping. Mas, de toda forma, desculpe-me se fui (ainda que sem a intenção) omissa alguma vez. Me perdoe, porque não tive nunca a intenção de falhar com você.
Lembro do dia que você me viu passar em Ipanema e saiu correndo, me gritando, embora você estivesse (como sempre) pendurada no celular!!Quando eu soube de quem se tratava, te fiz desligar porque queria sua atenção, queria te apresentar como um troféu para quem estava comigo: "-Essa é minha madrinha". Você é um troféu. Sua presença na minha vida vale mais do que todo ouro que existir no mundo. E essa presença é eterna.
Só quero com essa carta dizer que é em você que me espelho dia e noite, que tudo que me ensinou eu jamais irei esquecer, que tudo que aprendi com você ninguém terá a capacidade de me ensinar, que você me ensinou a fazer o bem, a plantar a semente, a amar as pessoas. O seu carinho maternal comigo era um alento, era uma certeza, uma segurança. Firme como uma rocha eu era na sua presença. Hoje a sua presença virou algo real sim, mas subliminar. Você está aqui conosco, mas não podemos vê-la. E a sua imagem, o seu abraço, o seu calor me fazem tanta falta.
Revendo e-mails que trocávamos, quase que respondo um. É o hábito de te fazer presente na minha vida de todo modo.
Siga comigo, esteja comigo. Todas as minhas vitórias e conquistas serão dedicadas à você, porque a força que eu tenho hoje vem de tudo que me deixou. A sua presença em minha vida foi breve e marcante. Causou marcas que anos de convivência com determinadas pessoas jamais causarão.
Te levo num cordão para todo lado. E para todo sempre, dentro de mim.

Dinda, o que eu quero com esse texto é dizer que um ano se passou, mas a saudade só aumenta. Viver sem você esse ano foi um desafio, uma prova de resistência. Crescer como pessoa, baseada no que você me ensinou, deixou de herança, etc, é a prova cabal de que o nosso encontro nessa vida não foi por acaso, e espero ter tido oportunidade de somar coisas boas para você, madrinha amada. Muitos anos ainda virão e você estará sempre comigo.
Saiba que te amo mais que muita coisa, com toda a força e com todo o coração. A sua ausência me causa uma dor física, um aperto no peito. Espero ter sido uma boa afilhada, boa amiga, boa parceirinha de trabalhos, campanhas. Nunca chegarei aos pés do que você foi pra mim, mas se eu tiver colaborado alguma vez para tornar a sua vida mais leve, já me dou por satisfeita. Te amo, te amo e te amo. Me perdoe qualquer coisa, qualquer falha. Nunca quis faltar com você.
E sei que no dia que a gente se reencontrar, será um dos dias mais felizes e esperados da minha vida. E será uma festa novamente. Me aguarde que eu chego já. E esse tempo que passamos fisicamente separadas, veremos, não terá feito a menor diferença. Não vejo a hora de te dar um abraço caloroso, apertado, emocionado. Como aqueles que te dava e que te dou ainda hoje, quando você me visita em sonhos.

Com todo o amor da sua "menina"
Paulinha


"RECEBE MENOS QUEM MAIS TEM PRA DAR"