"Águas passadas não movem moinhos" - disse-me alguém, alguma vez.
Verdade total.
Mas muitas vezes sou acometida por uma espécie de lembrança mórbida e passada, de coisas que eu adoraria esquecer mas não consigo, sou constantemente assaltada por coisas que eu não gostaria de ter vivido, mas que estão mais impregnadas em mim que tatuagem.
Tenho a sensação de que a qualquer momento, novamente, meu tapete será puxado, ficarei pra trás, terei meus méritos não-reconhecidos e minhas melhores intenções, distorcidas. Ou não compreendidas. Minhas atitudes, por vezes, parecem virar-se contra mim em atenção à necessidade, momentânea ou não, de outrem e dessa forma, muito do que me foi pedido, é devolvido como atitude espontânea. Equívoco.
Mas fato é que, por mais que esses sentimentos de ingratidão, injustiça, nostalgia, etc, me assolem às 4 da manhã, deito a cabeça no travesseiro tranquila, sabendo que reina em mim um enorme senso de justiça, bondade e solidariedade, que sempre me moveram e que muitas vezes fizeram até com que eu errasse a mão e pecasse pelo excesso, mas nunca de forma não-solicitada, mal-intencionada ou leviana.
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