Vivi de perto a trágica história do menino João Hélio, arrastado por 7 km na zona norte do Rio em 2007. Na época, acompanhava muito a minha "madrinha", a saudosa Cleyde Prado Maia e também vítima da violência urbana. Como ela era uma referência no mundo dos chamados "amigos da dor" e no combate à impunidade, ela automaticamente estava em praticamente todas as manifestações, missas, debates...e eu muitas vezes, ia junto para tentar aprender alguma coisa sobre a vida, o mundo. E porque a companhia dela era uma das melhores coisas que eu podia ter, mas enfim...
Fato é que fomos a todas as missas, entregamos carta ao governador, lamentamos e nos chocamos diante de tamanha atrocidade.
Mas o que me choca muito mais hoje é saber que o menor (à época) envolvido no caso e que já está com a pena cumprida, está correndo o sério risco de ir para a SUÍÇA, num programa de uma ONG, que visa a proteção de crianças e adolescentes ameaçados de morte.
Agora eu pergunto às autoridades, aos governantes: no Rio de Janeiro, praticamente toda a população está veladamente ameaçada de morte. Porque há animais soltos pelas ruas, capazes de arrastar uma criança por 7 km. E qual a proteção que NÓS temos??
Pagamos impostos e não temos segurança. Saúde e educação também se compra, porque o Estado não oferece. As pessoas estão sendo presas no carnaval por urinarem na rua...e enquanto isso, um bicho está solto e sendo resguardado por uma ONG que vai dar a ele uma vida boa. Mesmo tendo ele destruído uma família inteira. Com esses exemplos, teremos meliantes em ebulição, surgindo a cada dia, longe de escola, casa, estrutura...e nossas crianças ainda perigam acreditar que o crime é sim, vantajoso. Porque é. No Brasil é o melhor negócio. Você mata uma criança, arrastando-a por 7 km e ganha o direito de ir recomeçar na Suíça. Chiquérrimo!
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