quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O AMOR SEGUNDO FERNANDA YOUNG




O que é amor para mim?
Não temer o outro, seja lá no que for, contar com o outro.
A mágoa é possível, mas não deixar que a mágoa se transforme em amargura e rancor. Ainda sou assustada com as pessoas com as quais me relacionei: aquela cultura machista.
É claro que existem as exceções e as exceções são bárbaras.
Eu convivo com uma há dez anos: o meu marido.
Os ritmos estão muito hedonistas, falta paciência.
As pessoas terminam os relacionamentos porque querem grandes excitações.
Sou a favor da unidade familiar, principalmente se as crianças estiverem envolvidas, mas desde que seja suportável.
Traição é uma droga.
E não pela traição.
O ser humano não quer dividir seu amor. o amor requer paciência e um tempo filosófico para você se questionar.
Não é o caminho do maior peito, de plástica ou então ficar trocando de paixão pelo resto da vida.
Se você quer que ele dure (o amor) tem que perdoar sempre.

Young, Young, Young.

"O que engorda é a culpa. Às vezes, mesmo sem comer, sinto-me estufando. E não é de biscoitos que é feito o meu enchimento. É de culpa, esse castigo dito cristão, que levarei comigo para sempre e de que deixarei o rastro na minha literatura. Culpa. E é isso e tantas outras coisas que fazem de mim uma velha de 26 anos de idade."
"As pessoas sofrem a vida inteira e se adaptam a isso; não se pode chegar de repente e tirar aquela certeza das mãos delas, é tudo o que elas têm. Nunca desmereça os problemas alheios - o sofrimento é, para muitos, um prêmio que comprova essa única grandeza: ser um sobrevivente. E já basta."
"Pois, na verdade, ela sofria de insuficiência afetiva. Qualquer atenção, mesmo que de início tratada com desconfiança, acabava sendo digerida como carinho. "
"Todo mundo, um dia, deixa para trás a sua ingenuidade. Não há quem consiga manter-se puro por toda a vida, porque a vida se encarrega de ensinar suas durezas."

"É um retrato na parede, mas como dói" - Carlos Drummond de Andrade



“O túmulo dos heróis é o coração dos vivos”.
André Malraux


E a saudade de ti não cessa.
Amo-te para a eternidade. Esteja em paz, feliz ano novo.
E muito obrigada por tudo que seguiu fazendo por mim, sem cessar, desde tua ida.E apareça mais!


"Fiz uma canção
Pra declarar minha saudade
Do tempo em que a alegria dominou meu coração
Eu era bem feliz
Mas desabou a tempestade
Levando um lindo sonho pelas águas da desilusão
Eu fiz uma canção
Pra declarar minha saudade
Usei sinceridade que
Me dá certeza que você
Quando ouvir o meu cantar,
Vai se lembrar que deixou
Do lado esquerdo do meu peito essa dor
Que tá difícil de curar
Tenho certeza que você
De onde ouvir
Meu soluçar em forma de uma canção
Vai se lembrar que nosso amor é tão bom
E que pra sempre vai durar"

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

17 anos depois - 03/01.



“Quando,sem mais,partiste
Deixando-me assim, tão cedo
Prenúncio de dia triste
Vi por entre meus brinquedos

A lembrança, ainda forte
Não me fez encarar o fato por sentença
Enfrentando tua morte
Senti mais tua presença

A saudade aumenta com o tempo
Mães não deveriam morrer
São feitas de alma e sentimento
E nos dão a chance de viver

Minha mãe, brisa leve
Que descubro por fotos, cartas, poesia
Minha mãe, brisa breve
De onde estranha força irradia

Falou-me de borboletas que traziam vida
Atravessando nosso caminho,passando por nossa janela
Só não me explicou que por distração de Deus
Passariam poucas à frente dela

Mãe,escultura em granito
Mãe,tempo sem hora
Mãe que disse um verso bem bonito,
Disse adeus e foi-se embora”

Paula Rego (Setembro/2005)

domingo, 27 de dezembro de 2009

Sou obsessiva. Completamente. De certa forma,creio que essa caracteristica tenha me ajudadoa ser quem sou, mas ela é burra no que se refere ao amor. Eu quero que o outro - qualquer um, qualquer um,qualquer um mesmo, quando esse um está disfarçado em
nomes proprios - tenha a noção de como seria incrivel viver aquele um- pouco- a mais comigo. Os meu desejos... Os meus prazeres... Os meus segredos... As minhas taras ... As minhas reticências...
Mas a minha maior burrice é não perceber que não ter esses momentos não significa que nada disso exista. E existir é o melhor que tenho a fazer,ponto. Posso estar bem comigo mesma.


in: Tudo o que você não soube.

Sobre as melhores amigas - Fernanda Young

Mulher é assim, você não sabe nada porque é freudiano demais, e Freud não entendia picas de mulher. As mulheres têm um negócio chamado "melhor amiga" que é quase como um casamento. É tão parecido com um casamento que não tem sexo. Melhores amigas vivem grudadas.(...) Melhores amigas se beijam, se abraçam, sem que isso signifique nada além de afeto, amizade.
"Sei das besteiras que faço
Das besteiras que falo
De onde vêm os hematomas
Dos medos e dos fracassos
Sei o que penso na insônia
Quando dou uma esmola
Quando digo minha glória
E penso nos vestidos
Sei das noites bebidas
Nos copos sujos e sujos
Conheço cada pedaço da rua
Conheço um pouco de tudo
E sei que digo mentira
Quando digo “Sei de tudo”
Falo demais sobre mim
E quando vejo
Já disse
Algumas verdades .."
"Quantas vezes é possível perder algo ou alguém por um simples mal-entendido? Quantas e quantas vezes a palavra não serve pra nada, ou pior, presta-se apenas para piorar o estado das coisas? Não que o silêncio seja esclarecedor. O silêncio num rosto inexpressivo é um túmulo."

DORES DO AMOR ROMÂNTICO

"... O problema é que sou tola e carente,
mas não me deixo enganar,
se eu pudesse pedir um só pedido
seria:pára!
Pára esse carro em minha cabeça!
Quero descer,
estacionar,
bater num poste.
Não mais delirar,
nem sentir no corpo esse
seguir sem descanço,
atrás de sutilezas que não
podem ser descritas."

Fernanda Young e o amor, em geral

All you need is love, eu tenho tatuado! O amor é fundamental. O amor é o principio, é o êxtase, é a eliminação do ego, é quando você enxerga o outro não como um jogador. É quando você começa a olhar junto pras mesmas coisas, com a mesma delicadeza, e as coisas ficam tão melhores com o amor. O amor é fundamental. O amor é a primeira coisa. É o começo do resto.
"Mas, por quê? Por que não ensinam às pessoas, desde bem pequenas, que elas são indivíduos preciosos? Que devem amar não por carência, acreditando desta forma a solidão de suas existências cessará. Mas amar com o coração em paz, com a idéia de que nem a pessoa mais íntima pode compartilhar a sua dor. A dor de não ser hermafrodita, de não ter com quem partilhas as suas entranhas.
O homem deve cultivar a si mesmo com amor e cuidado. Acreditar-se eterno. Ser para si próprio eterno, afinal é certo que você será aquele quem mais tempo lhe fará companhia. E deixar o amor livre desta obrigação. Deve o homem acreditar na durabilidade do amor, mas nunca forçá-lo a isso."
Carta-desabafo-padrão
Primeira: você não é tão interessante quanto pensa. Não mesmo. Tive bem mais decepções do que surpresas durante o tempo em que estivemos juntos.

Segunda: não vou sentir falta do teu corpo. Já tive melhores, posso ter novamente, provavelmente terei. Possivelmente ainda esta semana.

Terceira: fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias.Bom, era isso. Espero que esta carta consiga levantar você do estado deplorável em que se encontra. Mentira. Não espero nenhum efeito desta carta, em você, porque, aí, veria-me torcendo pela sua morte. Por remorso. E como já disse, e repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você.

Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Aritmética

" E não me perguntem por que eu chorava, porque é claro que eu chorava por tudo. Por todas as dores do Homem. Num sucumbir de mártir. Poderia, naquelas condições, representar Tiradentes, Jesus, qualquer um que morreu acreditando que valeria a pena. Dar a vida por algo, isso é o amor. "

O Efeito Urano

" Meu coração de merda não aprendeu que amor não dá para ser exclusivo de ninguém, para ninguém. Acho que foi porque não me ensinaram a ser livre. Se pudesse ser livre, que fosse por um meio instante, veria tudo, veria que amor pode se dar para muitos, que dar amor não é sujeira. Não me ensinaram e, para mim, aquilo tudo não fez sentido."
'Amar errado é tão comum. Então não é por merecimento que se é amado.'

Mais e mais Ypung

"Acredito nas pessoas livres... E parece, existe uma gente que conquistou a sua liberdade e tem coragem para mostrar-se. Revelar segredos. Melhor ainda, fofocar sobre si mesma. Esse mundo, o das pessoas que não têm medo de ser, é real e pertence a qualquer um que o queira. É só estender o braço e a felicidade de não fingir está bem ali. Somos a nova família, lutamos para sermos amados assim: loucos, estranhos, lindos e até mesmo chatos. Porque em meio aos que falseiam, somos os que querem simplesmente amar. E amar, bom... Amar é chique!"

Trecho de "Dores do amor romântico"

Mas quando for a hora de ir embora
sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim.
Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola,
mas não quero que o meu verão resseque o seu jardim.

(Nem vou deixar -mesmo querendo- nenhuma fotografia. Só o frio, os planetas, as ninfetas e toda a minha poesia.)

O cansaço, ainda por Fernanda Young (ela escreve com a minha cabeça?)

"Não posso mais roer os nervos enquanto as horas passam e você não aparece. Preciso me poupar. Não pretendo mais sofrer, depois, quando você sumir de vez. Sofrer por amor é pura vaidade. Vou olhar para retratos meus e, de novo, sentirei orgulho de mim. Fotos minhas antes de você. Quando eu ainda não tinha provado desse seu veneno vicioso. Da saliva que se fez heroína. Do cheiro que se fez lança-perfume. Deveria ter uma tabela antipaixão como as que fizeram para os tabagistas. Marcaríamos um xis nas vezes em que pensássemos no outro. Assumindo assim nossa fraqueza. Contando as horas em que fôssemos capazes de esquecer. Poucas, no meu caso, já que tudo me lembra você. E de noite as coisas pioram. Mas quero, e posso, vencer essa semana. Sobreviver à abstinência de você por sete dias. Ao éter da mentira, que deixou-nos malucas e cegas. Estávamos correndo descalças entre os destroços da cidade grande. Seremos crianças? Seremos julgadas como adultas. Sendo a culpa toda sua, que acreditou no ar que respirava. No sujo. Na inveja. Perdemos tudo na paisagem desolada dessa cidade. Cidade feia. E, no feio, nos perdemos. Ou me perdi. Sozinha. Para depois ficar aqui, sentada no meio-fio."

Mais Young

"A verdade é que me enchi, De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.
Fico pensando como chegamos a esse ponto. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser.
Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar?
Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando.
Bom é isso, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes..."

Fernanda Young

"Bom, você não foi. E não ligou. A mim, só resta lamentar a sua falta de educação. Imaginando motivos possíveis. Será que você não foi porque realmente não pôde ou simplesmente não quis? Será que não ligou para não me magoar ou justamente o inverso disso?
Estou confusa, claro. Achava que você iria.
Tando que aguardei sua chegada por mais minutos do que deveria, inventando desculpas esfarrapadas para mim mesma. O trânsito, o horário, a metereologia. Qualquer penu furado serviria. E até o último instante, juro, achei que você chegaria a qualquer momento. Pedindo perdão pelo terrível atraso. Perdão que você teria, junto com uma cara de quem está acostumada, e assim encerraríamos o assunto. Mas você não foi.
Esperei um tanto pelo seu telefonema, com todas as aborrecedores explicações. Para cara razão que houvesse, pensei numa excelente resposta. Para cada silêncio, num suspiro. Para cada sensatez de sua parte, numa loucura específica da minha.
Se você tivesse ligado do celular, eu seria fria. Se tivesse ligado do trabalho, seria levemente avoada. Se a ligação caísse, eu manteria a calma.
Foram muitos dias nessa tortura, então entenda que percorri todas as rotas de fuga. Cheguei a procurar notícias suas pelos jornais, pois só um obituário justificaria tamanha demora em uma ligação.
Enfim, por muito mais tempo do que desejaria, mantive na ponta da língua tudo o que eu devia te dizer, e tudo o que você merecia ouvir, e tudo. Mas você não ligou.
Mando esta carta, portanto, sem esperar resposta. Nem sequer espero mais por nada, em coisa alguma, nesta vida, pra ser sincera. No que se refere a você, especialmente, porque o vazio do seu sumiço já me preenche; tenho nele um conforto que motivos não me trarão.
Não me responda, então, mesmo que deseje. Não quero um retorno; quis, um dia, uma ida. Que não aconteceu, assim deixemos para lá.
Estaria, entretanto, mentindo se não dissesse que, aqui dentro, ainda me corrói uma pequena curiosidade. Pois não é todo dia que uma pessoa não vai e não liga, é? As pessoas guardam esses grandes vacilos para momentos especiais, não guardam?
Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso, como eu penso? Com um suave aperto no coração? Ou será que você foi apenas um idiota que esqueceu de ir?"

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Martha Medeiros 2

“(...)É a velha história do livro, do filho e da árvore, o trio que supostamente nos imortaliza.Filhos somem no mundo, árvores sãp cortadas, livros mofam em sebos.A única coisa que nos imortaliza-mesmo- é a memória de quem amou a gente.

[Martha Medeiros-O sentido da vida-Coisas da vida]

Martha Medeiros

(...)A conclusão a que chego é:como é difícil desapontar-se com quem a gente gosta.
(...)É muito mais fácil desgostar de quem nunca se gostou, de quem já implicávamos por antecipação.Mas se, ao contrário, havia amor, quanta decepção”

[Martha Medeiros-Não gostar de quem se gosta-Coisas da vida]

Roberto Carlos para a alma. Para o amor e para a amizade. Para todo sentimento.

Você não sabe quanta coisa eu faria
Além do que já fiz
Você não sabe até onde eu chegaria
Pra te fazer feliz

Eu chegaria
Onde só chegam os pensamentos
Encontraria uma palavra que não existe
Pra te dizer nesse meu verso quase triste
Como é grande o meu amor

Você não sabe que os anseios do seu coração
São muito mais pra mim
Do que as razões que eu tenha
Pra dizer que não
E eu sempre digo sim
E ainda que a realidade me limite
A fantasia dos meus sonhos me permite
Que eu faça mais do que as loucuras
Que já fiz pra te fazer feliz

Você só sabe
Que eu te amo tanto
Mas na verdade
Meu amor não sabe o quanto
E se soubesse iria compreender
Razões que só quem ama assim pode entender

Você não sabe quanta coisa eu faria
Por um sorriso seu
Você não sabe
Até onde chegaria
Amor igual ao meu

Mas se preciso for
Eu faço muito mais
Mesmo que eu sofra
Ainda assim eu sou capaz
De muito mais
Do que as loucuras que já fiz
Pra te fazer feliz
"RECEBE MENOS QUEM MAIS TEM PRA DAR"